Carreira

terça-feira, 19 de abril de 2016

Uma fórmula para entrar em forma

Hoje vou falar sobre duas ações que podem encurtar muito o caminho até sua forma desejada: criar um plano para administrar seus resultados e controlar os impulsos emocionais que sabotam os praticantes mais bem intencionados.

1. Ou você está na sua meta ou na meta de alguém

Uma das melhores formas de aumentar as chances de conseguir bons resultados é estabelecendo metas. Você pode começar pelo resultado final que deseja alcançar. Por exemplo, reduzir 10 cm na cintura ou quadril, ou voltar a vestir o número tal em 4 meses. Pode ser que o seu caso seja aumentar a massa magra, então quem sabe, aumentar 3 kg de peso magro ou 3 cm de coxas ou quadris em seis meses. O importante é que seja mensurável, porque se não for mensurável não é possível ser controlado. Colocado o resultado final desejado, segmente a sua meta. Quais serão as suas ações mensais, semanais e diárias, em termos de alimentação, exercícios e descanso? Quais medidas você terá de alcançar semanalmente ou mensalmente, para chegar ao resultado desejado no prazo estipulado? Estabelecer metas diárias, semanais e mensais permite que você corrija a sua "rota" a tempo, mudando as ações que não estão funcionando.

E ter metas também garante que outros não irão criar uma que você não desejaria. Se você não tem uma meta eu posso lhe convencer a ir num rodízio de pizza e no dia seguinte você pode não gostar do que irá ver no espelho. Mas se você tem uma meta, pode me convencer a ir comer uma boa salada ou um japa. Quem tem metas bem definidas geralmente tem maior poder de influência e decisão. Mas é sempre bom lembrar que não há nada de errado compartilhar da meta de outra pessoa, desde que seja uma escolha consciente.

E claro, após alcançar a meta desejada é igualmente importante estabelecer outras novas, correndo o risco de voltar ao ponto de partida.

"Sempre tenho alvos a atingir: você precisa sempre estar indo em direção a alguma coisa." Kevin Keegan - Ex-atleta e técnico de futebol.


2. Se você não estiver no presente, está perdido em algum lugar no tempo.

A cada dia esse ensinamento milenar torna-se mais importante. Num mundo com cada vez mais excesso de informação e estímulos para todos os sentidos, é fundamental discernir o relevante do dispensável. Na idade média uma pessoa levava talvez a vida inteira para ter acesso à quantidade de informações que nós temos disponível hoje em algumas horas de um único dia. Também poderiam levar meses ou anos para percorrer distâncias que somos capazes de cobrir em vinte e quatro horas ou menos. Uma mente que passa boa parte do tempo vivendo lembranças, não tem muita força para criar um futuro atraente. A mente que vive ansiosa com prazos ou momentos que ainda estão por vir, pode buscar acalmar-se na comida de baixo valor nutricional, que por sua vez, criará um novo problema num futuro próximo. Mas como manter-se no presente se a nossa mente parece ter vontade própria? Controlar pensamentos não é fácil, mas quem consegue desenvolver pelo menos um pouco dessa capacidade, já colhe ótimos resultados. A forma mais conhecida é a meditação e hoje não falta informação sobre o assunto. Para quem tem dificuldade de parar e sentar-se em silêncio mesmo por um minuto, existem formas dinâmicas, como jogar tênis, lutas e outros esportes que exijam concentração, ou correr sem música, apenas prestando a atenção nos movimentos do corpo e respiração, que podem ser uma ótima forma de treinar a mente a manter-se no presente. Elas não têm o poder de uma meditação, mas pode ser um bom começo. Na verdade, a prática da meditação é que facilita a concentração nessas atividades. Mas se você ainda não sente-se preparado para começar a meditar, essas práticas já ajudam. Fazer respirações lentas e profundas em momentos de ansiedade ajuda a trazer a mente para o momento e a buscar soluções mais equilibradas. Fazer perguntas do tipo "é assim mesmo que eu quero resolver isto, ou, eu vou mesmo descontar na comida...é isso mesmo que eu quero?" ou outras perguntas que você puder criar, ajudam a trazer consciência e racionalidade para um momento de descontrole emocional. Não é que seja fácil colocar em prática, mas um pouquinho que você consiga e o placar pode virar a seu favor. Ensaiar e automatizar essas estratégias também são uma boa forma de evitar ou reduzir as vezes em que se é pego de surpresa.

E para quem afirma não ter paciência para nada disso, eu pergunto: Você tem paciência para estar sempre começando tudo de novo? É uma questão de escolha.

Ótima prática!

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